O
educador Paulo Freire (1921-1997) é oficialmente o Patrono da
Educação Brasileira. A homenagem, proposta originalmente pela
deputada Luiza Erundina (PSB-SP), foi sancionada pela presidente
Dilma Rousseff na última sexta-feira (13) como a Lei
12.612/2012.
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte Senado (CE) aprovou o
projeto (PLC 50/2011) em março deste ano.Paulo Freire nasceu no
Recife em 1921, numa família de classe média, mas devido à crise
econômica de 1929 e à morte do pai em 1934, viveu uma adolescência
difícil. Apesar disso, conseguiu concluir os estudos e, em 1943, aos
22 anos, ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Ele se formou,
mas não chegou a exercer a profissão, preferindo dar aulas de
língua portuguesa numa escola de segundo grau.Em 1947, Freire
assumiu o cargo de diretor de educação do Serviço Social da
Indústria (Sesi), no Recife, quando passou a se interessar pela
alfabetização de adultos e pela educação popular. Na década
de 1950, foi professor universitário e concluiu o doutorado em
Filosofia e História da Educação.Nos anos 60 trabalhou com
movimentos de educação popular e, no governo de João Goulart,
coordenou o Plano Nacional de Alfabetização, com objetivo de tirar
5 milhões de pessoas do analfabetismo. Seu método, conhecido como
“pedagogia da libertação”, tinha como proposta uma educação
crítica a serviço da transformação social.Em 1964, depois da
ascensão dos militares ao poder, Paulo Freire foi preso e exilado.
Morou na Bolívia, Chile, Estados Unidos e Suíça. No Chile, em
1968, escreveu sua obra mais conhecida, A
pedagogia do oprimido.
Ao longo da década de 70, desenvolveu atividades políticas e
educacionais em diversos países da África, Ásia e Oceania. Ele só
retornou ao Brasil em 1980 com a Anistia.Filiado ao PT, atuou em
programa de alfabetização de adultos do partido. Em 1989, com a
eleição de Erundina para a Prefeitura de São Paulo, foi nomeado
secretário de Educação, cargo em que permaneceu até 1991. Freire
morreu em maio de 1997.